A Fábrica

Maio 14 2008

Há 10 anos, o mundo perdia A Voz. A lenda de olhos azuis, partia cansado desta vida. Como uma vez disse, "Só se vive uma vez. E da maneira que eu vivo, uma vez basta."
Francis Albert Sinatra, nasceu em 12 de Dezembro de 1915 no estado de Nova Jérsia, Estados Unidos. Frank era filho único e nunca estudou música. Autodidacta, abandonou o último ano do liceu para começar a cantar.
O mito Sinatra começou em 1939 com a gravação de “All or Nothing All” e terminou cinco décadas e mais de 1450 canções depois. Com uma veia artística fora do comum, o cantor foi também actor com méritos firmados sendo protagonista em cerca de 50 filmes até meados da década de 60.
Juntamente com Dean Martin, Sammy Davis Jr, Peter Lawford, Joey Bishop, mais a mascote Shirley MacLaine, Frank Sinatra formou o célebre “Rat Pack”, grupo de artistas que fez muito sucesso nos palcos e no cinema nesta época.
O seu talento para o show business foi duplamente reconhecido: ele tem duas estrelas no Hall of Fame em Hollywood, uma pelo seu desempenho musical e outra pela seu desempenho como actor.
Na vida pessoal foi um homem misterioso, sendo amiúde conectado à máfia nova-iorquina. Teve diversos casamentos, primeiro com Nancy Barbato, e depois com as actrizes Ava Gardner e Mia Farrow, e finalmente com Bárbara Marx com quem viveu até ao fim dos seus dias.
A sua voz aveludada conquistou milhares de admiradores de diversas gerações, fazendo com que mesmo quem não conhece Frank Sinatra, provavelmente conhece as músicas dele, como por exemplo, “Strangers in the night”, “ New York, New York”, ou”My Way”.
Frank Sinatra terminou a sua carreira de cantor em 1995, quando contava oitenta anos de idade. Morreu em Los Angeles, a 14 de Maio de 1998, de ataque cardíaco. Frank Sinatra deixou uma obra incomparável e é frequentemente considerado o melhor cantor popular de todos os tempos.
publicado por Armando S. Sousa às 10:28

Abril 28 2008

No dia 28 de Abril de 1945, no dia em que as tropas alemãs capitularam na Itália, o líder fascista Benito Mussolini e a sua amante Clara Petacci foram executados.
O fim de Mussolini começou no Verão de 1943, quando os Aliados desembarcaram na Sicília. No dia 25 de Julho desse ano, o rei Vítor Emanuel rendeu-se aos Aliados e declarou guerra à Alemanha nazista, demitindo e mandando prender o “Duce”.
Em resposta, os alemães ocuparam a Itália e libertaram Mussolini da prisão, proclamando a República de Saló, um governo fantoche da Alemanha. Enquanto isso, a população italiana organizava a resistência e cooperava com as tropas aliadas, que avançavam para o norte.
No final de Março de 1945, os guerrilheiros antifascistas, “os partigiani”, conquistaram Milão, fechando o cerco a Mussolini, que ainda tentou, sem sucesso, negociar a sua rendição. No dia 28 de Abril de 1945, os alemães capitularam.
Amargurado e resignado, Mussolini tentou fugir para a Suíça com sua amante Clara Petacci, num comboio de soldados alemães. Mas era tarde demais para o “Duce”: os partigiani interceptaram o comboio, reconheceram o líder fascista e fuzilaram-no juntamente com a amante. Os corpos foram levados para Milão e expostos, pendurados de cabeça para baixo, na praça do Loreto.
publicado por Armando S. Sousa às 12:16

Abril 26 2008

"Guernica", a obra política mais famosa do século XX foi motivada pelo bombardeamento da cidade do mesmo nome, centro da tradição cultural basca. O quadro é o reflexo da leitura subjectiva que Pablo Picasso faz da Guerra Civil de Espanha e vem provar que o tema da batalha também pode ser tratado pelos artistas modernos.
Conta-se que um oficial das SS lhe perguntou, apontando para a pintura:
-Foi o senhor que fez isso?.
Picasso respondeu:
-Não. Foi o senhor.
O quadro foi pintado para a Exposição Mundial de Paris, em 1937. Está hoje no Museu Rainha Sofia, em Madrid.
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Na segunda-feira, 26 de Abril de 1937 na cidade de Guernica, no País Basco, que até então permanecera praticamente ao lado da Guerra Civil Espanhola, a vida decorria com a normalidade quotidiana de uma pequena cidade de cinco mil habitantes.
A meio da tarde, por volta das quatro e meia, começa-se a ouvir na cidade algumas detonações isoladas, provocadas pelo lançamento de bombas por parte da força aérea italiana. A população entra em alvoroço, mas nada fazia prever o que viria a seguir.
Entre as seis horas e meia da tarde e as seis horas e quarenta e cinco, em vagas sucessivas, veio o ataque principal dos bombardeiros da nazista Legião Condor que reduziram a cinzas a cidade basca. O ataque aéreo, que teve uma duração total de três horas, custou a vida de 1.645 pessoas.
Calcula-se que, vinte e duas toneladas de explosivos foram lançados sobre aquela pequena cidade, entre pequenas bombas incendiárias e bombas de 250 quilos. Trezentas pessoas morreram imediatamente, milhares ficaram feridas, até porque os aviões alemães perseguiam e abatiam os fugitivos. Três quartos dos prédios foram arrasados e ao mesmo tempo , a rede de canalização da água foi também destruida, fazendo com que, os prédios que não foram dizimados pelos bombardeamentos, fossem consumidos pelas chamas que alastraram livremente, em frente de uma população impotente para as combater.
O criminoso diário de guerra dos franquistas, concluiu: “O tipo de construção das casas fez com que a destruição fosse total. Ainda se vêem os buracos das bombas na rua. Simplesmente fantástico”.
A política da Alemanha nazi, foi utilizar a Guerra Civil Espanhola como campo de testes para os pilotos e os aviões da Luftwaffe. O ataque da Legião Condor foi o primeiro bombardeamento aéreo massivo contra a população civil na história europeia. A partir daí, e principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, o terror contra civis tornou-se um princípio.
publicado por Armando S. Sousa às 12:19

Abril 19 2008

Primeiro símbolo utilizado pelo Partido Socialista.
No dia 19 de Abril de 1973, na cidade alemã de Bad Munstereifel, militantes da Acção Socialista Portuguesa, reunidos em Congresso, aprovaram, por 20 votos a favor e 7 contra, a transformação da Acção Socialista Portuguesa, em Partido Socialista.
Indiferente aos valores originais, por vezes referidos vagamente, numa perspectiva histórica, trinta e cinco anos depois, a organização partidária ainda continua, a usar a mesma denominação!
publicado por Armando S. Sousa às 13:47

Abril 16 2008

Muitos críticos musicais, afirmam que a canção dos Beatles, "Lucy in the Sky with Diamonds", do álbum, “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”, é uma referência à droga conhecida por LSD. Jonh Lennon sempre afirmou que não, que “Lucy in the Sky with Diamonds” foi inspirada num desenho feito por seu filho, Julian Lennon.
Polémica à parte, faz hoje 65 anos que o químico
Albert Hofmann descobriu a droga alucinógena LSD, abreviatura da expressão alemã Liserg Saure Diethylamid ( dietilamida do ácido lisérgico). O químico suíço fez a descoberta por acaso, ao aspirar acidentalmente uma pequena quantidade de pó no laboratório. Albert Hofmann estava à procura de um estimulante da circulação sanguínea quando se deparou com o fungo do centeio. Este fungo era muito temido na Idade Média como causador de pestes mas ao mesmo tempo, sabia- se que ele tinha também efeitos positivos, por exemplo, o de conter hemorragias no parto.
Não foram, porém, as propriedades medicinais e, sim, os efeitos alucinógenos que transformaram o LSD numa das bandeiras do movimento hippie dos anos sessenta. A empresa para quem Hoffman trabalhava, a Sandoz, naturalmente, tentou lucrar com a descoberta, encarregando cientistas para testarem a droga na psiquiatria. O medicamento foi lançado no mercado com o nome “Delysid”, para tratamento de fobias e neuroses, mas com a advertência de que provocava alucinações.
Como pioneiro involuntário, Hofmann não tinha noção da dosagem correcta da droga, por isso não demorou nada, a surgirem as primeiras histórias de horror, sendo, que o seu consumo em excesso provocava a morte. Como a droga provoca alterações visuais, despersonalização e até a sensação de que se pode voar, ocorriam casos de suicídios em que dependentes de LSD saltavam de pontes e viadutos. As alterações de ânimo, do pensamento e, sobretudo, da percepção, acabaram por fazer internar em clínicas psiquiátricas, muitos dos seus consumidores.
Albert Hoffman, que tem mais de cem anos, disse um dia, que o ideal seria toda a gente, ter duas vidas: uma com e outra sem LSD.
publicado por Armando S. Sousa às 10:36

Abril 14 2008

A história do Titanic inicia-se com a tentativa feita por J. Bruce Ismay, presidente da White Star Line e J.P.Morgan o seu maior accionista, em concorrer na rota do Atlântico com a Cunard Line, proprietária dos paquetes Mauritania e Lusitania.
Em 1907 ambos decidiram construir 3 paquetes de grande porte e luxo para operar na rota Reino Unido - Estados Unidos. Seriam eles o Olympic, o Titanic e posteriormente o Britanic.
O Titanic teve a sua construção iniciada a 31 de Março de 1909 e foi lançado ao mar a 31 de Maio de 1911 tornando-se, com os seus 270 metros de comprimento por 28 de largura, o maior objecto móvel construído pelo homem.
Em Julho de 1911 foi marcada a data da viagem inaugural do Titanic: 20 de Março de 1912.
Devido ao facto de o Olympic bater com o cruzador da marinha britânica Hawke, ficando com fortes avarias que obrigaram o estaleiro a fornecer homens e materiais para atender às reparações, a primeira viagem do Titanic foi adiada para o dia 10 de Abril de 1912.
A 3 de Fevereiro de 1912, o Titanic deu entrada na Thompson Graving Dock, concluindo-se os acabamentos e iniciando-se os testes de navegação, testando a embarcação e os seus equipamentos.
No dia 2 de Abril partiu, sob o comando do Capitão Bartlett, para Southampton, o porto base para as viagens transatlânticas que começaria a realizar, onde chegou na madrugada do dia 4, iniciando o carregamento de carga e alimentos, além de receber a bordo a maior parte da tripulação. A embarcação ficou pronta para zarpar para a viagem inaugural no dia 9 de Abril.
No dia 10 de Abril, às 07:30 embarcou o novo comandante, Capitão Edward J. Smith, ex. Comandante do Olympic. Das 09:30 às 11:00 é realizado o embarque dos passageiros das 2a. e 3a. Classes. Os passageiros de 1a. Classe embarcaram às 11:30. Nessa tarde, o Titanic parte sendo puxado por rebocadores.
Um incidente ocorreu quando o Titanic, já navegando pelos seus próprios meios, passa próximo da embarcação New York. O deslocamento de água do seu movimento fez com que as amarras da outra embarcação se quebrassem e a popa da mesma vá na sua direcção. Graças a uma rápida intervenção da tripulação do New York a colisão é evitada por apenas 2 metros.
A partir daí, tudo correu normalmente até à triste madrugada de 14 e 15 de Abril, quando o Titanic naufragou após colidir com um iceberg a cerca de 400 milhas de St. John, Terra Nova e aproximadamente a 900 milhas do porto de New York.
Na manhã de Domingo, dia 14 de Abril, o Titanic recebeu a primeira de seis mensagens de advertência, que chegariam ao longo do dia, sobre icebergs.
Depois do jantar, o capitão Edward J. Smith, subiu até à ponte e conversou com o oficial de guarda sobre o tempo calmo e a dificuldade de visualizar icebergs.
Embora não tivessem binóculos, os vigias da noite, Frederick Fleet e Reginald Lee, assumiram os seus postos e, pouco antes da meia-noite, o vigia Fleet avisou a ponte, que se encontrava um iceberg 460 metros à frente. Numa manobra de emergência, o capitão tenta desviar o Titanic mas não conseguiu evitar a colisão a estibordo com a enorme massa de gelo.
Dez minutos após a colisão, a água inundava completamente todos os compartimentos danificados.
Thomas Andrews, calculou que ainda havia cerca de hora e meia até que a embarcação se afundasse completamente, sendo dadas ordens aos passageiros para que vestissem os coletes salva-vidas, ao mesmo tempo em que os botes eram lançados ao mar.
Houve tumultos e desorganização enquanto os botes salva-vidas eram lançados e ocupados. Temendo-se que eles se virassem no mar, os tripulantes inicialmente não permitiram que fossem ocupados com a capacidade máxima, 60 pessoas. Ao descer um dos últimos botes disponíveis, um oficial disparou três tiros para o ar, a fim de evitar que outros passageiros saltassem para o bote já cheio. Começou a haver pânico entre os passageiros. Por esta altura, o Titanic já se afundava.
Enquanto isso, a banda de música continuava a tocar no salão de jantar. Às 2h10min foi enviado o último pedido de socorro. Cinco minutos depois, a ponte de comando foi invadida pela água. Oito minutos mais tarde, o casco partiu-se ao meio e afundou-se. Apenas 706 das 2207 pessoas a bordo na viagem inaugural do navio de luxo sobreviveram. Os 706 sobreviventes foram resgatados pelo Carpathia, que chegou ao local às 3h30min.
O naufrágio do Titanic, foi para a época um golpe tremendo para a humanidade, ferindo profundamente o orgulho humano que, com as suas conquistas recentes, julgava arrogantemente ter dominado definitivamente a natureza. Os factos demonstravam uma total confiança na embarcação tanto que, com o chegar das primeiras notícias sobre o choque com o iceberg, durante algum tempo, ainda se afirmou que a embarcação permanecia flutuando, que nenhuma vida havia sido perdida e a maior questão era a de saber qual a doca que nos Estados Unidos, conseguiria receber tão grande embarcação para reparos.
As declarações dos seus proprietários e construtores, os elogios dos media ingleses, tornaram o Titanic “insubmersível”, um navio que ”o próprio Deus” não poderia afundar. Deus não se meteu na tragédia,
bastou um iceberg.
publicado por Armando S. Sousa às 11:05

Abril 07 2008

Faz hoje 50 anos que um dos ícones da cultura popular, foi criado: o símbolo da paz.
No início do ano 1958, formou-se um grupo chamado, Campanha pelo Desarmamento Nuclear, que pôs em acção uma extensa campanha contra o uso de armas nucleares e incumbiu Gerald Holtom, um desenhador da área dos têxteis, de criar um símbolo, para dar mais colorido aos protestos.
O símbolo criado por Holtom era bastante simples mas sugestivo. As linhas direitas, representam o corpo humano, o círculo representa o planeta Terra. O importante era que cada pessoa pudesse fazer o seu próprio cartaz.
Com efeito, a 7 de Abril de 1958, 15 mil pacifistas britânicos, exibindo milhares de cartazes com o símbolo criado por Holtom, apesar do frio que se fazia sentir, fizeram uma marcha de 84 quilómetros, entre Londres e Aldermaston (o centro de pesquisas nucleares inglês) para protestaram contra o planeamento, a construção e o emprego de armas nucleares. As revindicações dos manifestantes eram bastante impopulares para a época, devido a por um lado, a Guerra Fria ir a caminho do seu clímax e por outro lado, ser uma época de pujança económica. Ironicamente, a Exposição Mundial de Bruxelas, cujo símbolo era o Atomium, seria inaugurada dois dias depois.
A marcha contra as armas nucleares e a favor da paz, foi um tremendo sucesso, inaugurando-se a tradição, mais popular nos países do Norte da Europa, de se fazer durante o período pascal - “As Marchas da Páscoa”- apelos a favor da paz.
As marchas atingiram o seu apogeu, durante a década de sessenta do século passado, enfraquecendo nos primeiros anos da década de 70. O movimento voltou a ser impulsionado em 1979, com a instalação dos mísseis nucleares americanos na Europa. Apesar de terem sofrido um pequeno incremento durante a primeira Guerra do Golfo, as “Marchas da Páscoa” estão em perda de força nos últimos anos, mas não o símbolo criado por Holtom.
Depois de ter sido o símbolo da “flower power generation” o símbolo criado por Holtom, foi adoptado pela organização Greenpeace, para as suas campanha de defesa do ambiente.
Com esta exposição toda, o símbolo acabou também por se tornar um chamariz comercial, e hoje, é por vezes utilizado, em acessórios na alta-costura, sendo mesmo, a imagem de marca da “Moschino”.
publicado por Armando S. Sousa às 12:44

Março 27 2008

Há precisamente dez anos, 27 de Março de 1998, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou o Viagra, para o tratamento da disfunção eréctil, tornando-se a primeira pílula a ser aprovada nos Estados Unidos para este efeito. A “pílula azul” tinha sido patenteada em 1996, pela Pfitzer, entrando no circuito comercial dois anos depois. Rapidamente alcançou um grande sucesso comercial nos Estados Unidos, pouco usual para um medicamento, chegando nos meses seguintes, também com enorme sucesso, ao mercado europeu.
O Viagra revolucionou o tratamento da disfunção eréctil, ajudando também à desmistificação dos problemas sexuais. Até há dez anos atrás, a disfunção eréctil era uma doença vivida de forma escondida e envergonhada, por quem dela sofria, contribuindo o Viagra para a mediatização desta doença praticamente desconhecida e ao mesmo tempo, facilitando o tratamento desta mesma doença, contribuiu para o bem-estar de milhões de casais.
publicado por Armando S. Sousa às 12:35

Março 22 2008

Em 22 de Março de 1968, surgia o levantamento dos estudantes da Universidade de Nanterre, que ficou conhecido pelo “Movimento 22 de Março” e foi o acontecimento embrionário do Maio de 68. Neste dia, há 40 anos atrás, uma centena e meia de estudantes, liderados por Daniel Cohn-Bendit, ocuparam os serviços administrativos da Faculdade de Letras, em protesto contra a prisão de 6 estudantes que, dias antes, se tinham manifestado contra a guerra do Vietname.Com o aumento dos protestos estudantis, o Governo francês encerra a Universidade de Nanterre no dia 2 de Maio, na tentativa de acabar com os protestos dos estudantes. Estes não contentes com a situação, ocupam no dia seguinte a Sorbonne, dando início à revolução, conhecida por Maio de 68.
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CRONOLOGIA DE UMA UTOPIA

Março 22 - Estudantes liderados por Daniel Cohn-Bendit ocupam a universidade de Nanterre, na França. A ocupação, que marca o início da revolta estudantil no país, ficou conhecida como “Movimento de 22 de Março”.
Dia 28 – O reitor da Faculdade de Letras de Nanterre suspende os cursos por um período de 4 dias.
Abril 25 – Moção de censura ao Governo francês recusada na Assembleia.
Maio 2 – Novos incidentes em Nanterre.O reitor da Faculdade de Letras volta a suspender os cursos.
Dia 3 – A pedido do reitor a polícia evacua a Sorbonne durante a execução de um plenário de estudantes. Primeiros confrontos entre a polícia e os estudantes, dos quais resultam diversas prisões.
Dia 5 – Condenação de 13 manifestantes.
Dia 6 – Confronto entre a polícia e estudantes no Quartier Latin, durante os quais mais de 600 estudantes e 300 polícias ficam feridos. A polícia procede a numerosas detenções.
Dia 7 – Mais de 30000 estudantes atravessam Paris cantando a Internacional como protesto contra os acontecimentos do dia anterior.
Dia 10 - Aparece, em Paris, o grafite “É Proibido Proibir - Lei de 10/5/1968”, em oposição à inscrição oficial “É Proibido Colar Cartazes - lei de 29/07/1881”, afixada nos muros da cidade. Acontece a Noite das Barricadas, quando 20 mil estudantes enfrentam a polícia. Mais de 60 veículos são incendiados. Novos confrontos entre a polícia e os estudantes.
O Festival de Cannes é aberto oficialmente, com a exibição do filme “...E tudo o Vento Levou” (1939).
Dia 11 – Regresso de Georges Pompidou a Paris que anuncia a reabertura da Sorbonne no dia 13.
Dia 13 – É decretada, por estudantes e trabalhadores franceses, greve geral de 24 horas em Paris, em protesto contra as políticas trabalhista e educacional do governo. Ocupação da Sorbonne.
Dia 14 – De Gaulle abandona a França e parte para a Roménia. Ocupação da fábrica Sud-Aviation Express.
Dia 15 – Ocupação do Ódeon e da fábrica da Renault em Cléon.
Dia 17 – Fábricas na França são ocupadas por cerca de 100 mil grevistas. As operações do aeroporto de Orly e da Rádio e Televisão da França são afectadas pela greve. Em Paris, as ruas são vigiadas por cerca de 60 mil polícias armados.
Dia 18 – Os cineastas Louis Malle, François Truffaut, Roman Polanski, Alain Resnais e Milos Forman retiram os seus filmes da competição oficial do Festival de Cannes, em apoio ao movimento estudantil. O Festival acaba por ser suspenso após a invasão de directores, actores e técnicos na sala de projecção. Regresso De Gaulle.
Dia 20 – Paris amanhece sem metro, transportes públicos, telefones e outros serviços. Seis milhões de grevistas ocupam 300 fábricas na França.
Dia 21 – Trabalhadores ocupam as centrais de energia eléctrica, gás e luz em Paris.
Dia 22 – Derrota da moção de censura na Assembleia.
Dia 23 – Novos confrontos no Quartier Latin.
Dia 24 – Discurso de De Gaulle anunciando a realização de um referendo.
Dia 25 – O primeiro-ministro francês, Georges Pompidou, inicia negociações com as centrais sindicais francesas. Os trabalhadores em greve chegam a 10 milhões em todo o país. Início de incêndio na Bolsa de Paris. ORTF adere ao movimento grevista.
Dia 29 – O cineasta Jean-Luc Godard filma os confrontos entre estudantes e polícias no Quartier Latin. No mesmo dia acontece, em Paris, grande manifestação da CGT com cerca de 200 mil pessoas.
Dia 30 – O presidente francês Charles De Gaulle dissolve a Assembleia Nacional, com o apoio das Forças Armadas, e convoca eleições gerais. Manifestação gaullista em Paris.
Dia 31 – Remodelação governamental. Eleições marcadas para 23 e 30 de Junho.
Junho 4 – Recomeço do trabalho em algumas empresas.
Dia 10 – Abertura da campanha para as eleições legislativas.
Dia 11 – Manifestação em Paris. Confrontos violentos em Sochaux. Fim das greves nos liceus.
Dia 12 – O Governo interdita a realização de manifestações em todo território francês. Dissolução de diferentes organizações políticas.
Dia 16 – Evacuação da Sorbonne.
Dia 23 – Primeira volta das eleições legislativas: forte votação gaullista.
Dia 30 – Segunda volta das eleições: gaullistas com votação massiva.
Julho 10 – Demissão de Georges Pompidou. Maurice Couve de Murville nomeado primeiro – ministro.
Dia 12 – Fim da greve dos jornalistas da ORTF.
Dia 31 – Reorganização da ORTF: mais de 1000 jornalistas são despedidos.
publicado por Armando S. Sousa às 12:22

Março 20 2008

Faz hoje cinco anos que, à revelia do Direito Internacional e do Conselho de Segurança das Nações Unidas, se iniciou uma nova forma de fazer guerra – a guerra preventiva -, para quem não está de acordo com as decisões arbitrárias americanas. A justificação para o começo da Guerra eram, provas forjadas pela CIA, que o regime de Saddam Hussein, possuía armas de destruição massiva, e dava cobertura a Al-Qaeda mas na realidade escondia a ambição americana, de ocupar os campos petrolíferos iraquianos, as segundas maiores reservas de “ouro negro” mundiais. A prová-lo está o facto de, durante a operação “Liberdade Iraquiana”, os americanos se preocuparem principalmente com os poços de petróleo, para os controlarem e para evitarem que os iraquianos os incendiassem.
Quatro dias após a “Cimeira da Guerra”, realizada nos Açores, a guerra chega a Bagdad ao amanhecer, às 05h35 (menos três horas em Lisboa), com três vagas de bombardeamentos – aéreos e com mísseis disparados de navios – alegadamente dirigidos a locais onde se encontrariam altos dirigentes do regime, nomeadamente, o próprio Saddam Hussein. Momentos depois, uma televisão iraquiana mostrava Saddam a falar ao país, reagindo ao ataque, e a prometer uma vitória sobre os americanos.
Por seu lado o presidente americano, George W. Bush, confirmava na Sala Oval da Casa Branca: "as forças da coligação começaram a atacar alvos de importância militar". O objectivo, assegurava Bush, era claro: "o povo dos Estados Unidos, os seus amigos e os seus aliados não viverão à mercê de um regime fora-da-lei que ameaça a paz com armas de destruição massiva".
A guerra no Iraque, que marca profundamente os dois mandatos de George W. Bush e da sua Administração, à frente dos destinos dos EUA e terá custado, segundo o Professor Joseph Stiglitz, Premio Nobel da Economia (2001) e ex-economista chefe do Banco Mundial, cerca de três biliões de dólares aos cofres de Washington. No seu livro The Three Trillion Dollar War”, afirma que o custa da Guerra do Golfo, poderá superar o custo da II Guerra Mundial se forem contados os gastos médicos e com pensões para soldados feridos. O Pentágono desmente estes números, calculando que foram gastos 500 mil milhões de dólares, apesar de o Congresso americano já ter disponibilizado directamente mais de 850 mil milhões de dólares.
A Guerra do Golfo, também tem elevados custos humanos, cem mil mortos confirmados e entre 500 mil e um milhão estimados, do lado iraquiano e perto de quatro mil baixas entre as forças norte-americanas e 30.000 feridos em combate..
A violência sectária, que durante 2006 ameaçou arrastar o país para uma guerra civil, diminui, principalmente em Bagdad mas a capital é ainda palco de atentados, que deixam dezenas de vítimas civis a cada ataque. O Exército norte-americano, que mantém um contingente de cerca de 160.000 soldados é frequentemente alvo de ataques audazes.
A relativa calma é atribuída ao envio de reforços norte-americanos em Fevereiro de 2007, e a uma estratégia de mobilização, por meio de financiamento, de grupos de insurgentes sunitas e a uma trégua unilateral da principal milícia xiita. A estabilidade é frágil e o número de civis iraquianos mortos, voltou a subir no início de 2008, após uma queda acentuada no final de 2007.
Mas, se a guerra pôs fim a 23 anos de uma brutal ditadura com a eliminação de Saddam Hussein, as promessas de estabilidade e prosperidade feitas aos iraquianos continuam longe de ser cumpridas. A economia, preocupação principal para os 25 milhões de iraquianos depois da segurança, não existe, excepto a produção e exportação de petróleo. O desemprego, atinge 65% da população activa. Os serviços públicos básicos, como o fornecimento de água e electricidade não foram restabelecidos, bairros inteiros de Bagdad continuam totalmente às escuras. Quanto à democracia, que os americanos queriam instaurar no Iraque, é demasiado cedo para podermos escrever, o que quer que seja, com o mínimo de certeza.
A guerra que o Secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, falava que duraria de «seis dias a seis semanas», está ao fim de cinco anos, muito longe do seu fim.
publicado por Armando S. Sousa às 11:41

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