A Fábrica

Agosto 23 2008

Os Jogos Olímpicos de Pequim serão recordados por muitos anos nos Estados Unidos da América, como um dos maiores fiascos olímpicos de sempre dos norte-americanos: perderam a hegemonia nas provas de velocidade no atletismo e regressaram ao segundo lugar no medalheiro.
A participação norte-americana nos Jogos Olímpicos associa-se fundamentalmente às provas explosivas das distâncias curtas do atletismo, a disciplina rainha dos Jogos.
O país de Jesse Owens, Bob Morrow, Bob Hayes, Jim Hines, Tommie Smith, Florence Griffith-Joyner, Carl Lewis, Evelyn Ashford, Michael Johnson, Maurice Greene e Tyson Gay, entre muitos outros, eclipsou-se nas provas de velocidade do atletismo, dos Jogos Olímpicos de Pequim.
A incrível fábrica de produção de sprinters norte-americana passa por um calvário histórico na modalidade.
Os efeitos do escândalo Balco, o maior escândalo de doping colectivo que à memória no desporto norte-americano, com sanções a treinadores como Trevor Graham e atletas, encabeçados por Marion Jones e com Tim Montgomery e Kelly White e que não faltam insinuações sobre Maurice Green e Carl Lewis, levantou um clima de suspeição que levou esta geração de velocistas a ser discreta e desacreditada junto da opinião pública norte-americana e mundial, incapaz de opôr resistência aos atletas provenientes da Jamaica e de outras minúsculas ilhas caribenhas.
Em busca de responsabilidades, a imprensa norte-americana dispara em todas as direcções, ao contrário do que faz com Phelps, especialmente para questionar a qualidade dos testes anti-doping dos atletas jamaicanas. Mas os factos dissipam todas as insinuações da imprensa norte-americana: nunca um atleta que representou a Jamaica nos Jogos Olímpicos acusou doping. Ponto final, parágrafo.
É verdade que estes resultados dos sprinters norte americanos em Pequim são demolidores para o ego dos americanos, num país habituado, desde do paleolítico do atletismo, a ver um atleta seu a vencer uma prova dos 100, 200 ou 4x100 metros.
Provavelmente, esta travessia do deserto será curta, pois o sistema universitário americano, garante um grande fluxo de atletas, com competições muitas duras e a selecção dos melhores, que se transformam em atletas de eleição, mas até lá, a Jamaica festeja vitórias, medalhas e recordes inesquecíveis e vai fazendo ídolos e história
publicado por Armando S. Sousa às 19:55

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