Um dos objectivos é aumentar os conteúdos de outras línguas na Internet (além da inglesa) e de outras culturas que não a ocidental e contribuir para a investigação académica. Lado a lado, poder-se-ão ali encontrar antigos manuscritos chineses e postais de Sarah Bernhardt, originais de Rabelais ao lado de uma gravação áudio da voz de Fountain Hughes, antigo escravo norte-americano de 101 anos. A página da Internet vai ser uma montra digital através da qual os utilizadores podem consultar e estudar dezenas de milhares de tesouros culturais de diversos países, como Suécia, Arábia Saudita e África do Sul, explica o jornal "The Guardian".
Tudo começou há quatro anos quando James Billington, bibliotecário da Biblioteca do Congresso em Washington, deu a ideia de se fazer esta biblioteca digital, com todo o conteúdo livre de direitos num sítio traduzido em sete línguas diferentes. O director do projecto é John Van Oudenaren, que disse ao "The Guardian" que espera que a Biblioteca Digital Mundial aproxime as culturas e que sirva de base para educadores em qualquer parte do mundo. Neste momento, já têm 32 parceiros (a Biblioteca Nacional do Brasil é uma delas e a Biblioteca de Alexandria também) e o Médio Oriente tem um grande peso. Por exemplo, diz o "The Guardian", a Biblioteca Nacional e os Arquivos do Iraque contribuíram com uma selecção de jornais do século XIX e XX escritos em árabe, inglês, curdo e turco otomano. A Biblioteca Nacional Francesa contribuiu, por exemplo, com filmes dos irmãos Lumière (Com Ípsilon).